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11 meses se passaram. Nossa, como o tempo voa. Parece que foi ontem que eu fiz retirada do câncer e como consequência a tireoide. Nem parece que vivi tantas coisas neste meio tempo.
Em visita ao médico na semana passada descobri algumas coisinhas (troquei de médico, desta vez parece que dará certo, sou grata a Deus por usar pessoas para me auxiliar, Ele tem sido muito bondoso comigo,  tem providenciado e mexido nos mínimos detalhes. Eu não mereço tanto amor). Fiz uma série de exames e através destes pude entender um pouco o que se passa comigo.  
Sou do tipo de pessoa que de tudo que for dito o que fica marcado são as boas notícias, e desta vez a boa notícia é que os exames apontam que ESTOU CURADA. Segundo os exames eu não corro o risco de ter um novo câncer. Entendi  também que o meu caso não era tão bobo como pensava (se não tivesse descoberto, se não tivesse tratado, se tivesse retirado apenas a metade da tireoide hoje eu teria um problema maior, mas como não vivo de ‘se’ tudo foi feito de maneira correta e consciente). Descoberto isso respirei um pouco mais aliviada afinal esta eu venci. Como disse o Dr. “todos os dias ao acordar ajoelhe-se, levante as mão para os céus  e agradeça. Você nasceu de novo!”, poxa, com essa me senti tão amada! :) 
Como eu nasci de novo eu nasci diferente (rs), outros exames apontaram algumas alterações assustadoras. Sem tireoide desenvolve-se então o Hipotireoidismo o que traz consigo alguns males que podem ser retardados ou normalizados com o uso correto do medicamento, no meu caso Puran T4 125 mcg. Fiquei surpresa quando fui alertada a respeito Hiporatireoidismo (o hipoparatireoidismo é um distúrbio clínico decorrente da secreção e/ou da ação deficiente do hormônio paratireoidiano ou paratormônio (PTH). Como consequência, ocorre redução das concentrações de cálcio no fluido extracelular, a qual é responsável pelo surgimento das manifestações clínicas da doença.) no meu caso a doença foi causado pelo fato de além da retirada da tireoide foi retirada também a paratireoide, e eu não estava ligada nisso. Como consequência o meu organismo não produz mais o cálcio, que é de extrema importância para o corpo. Como eu não sabia disso e minha médica anterior não havia informado, nós não estávamos tratando deste caso. Os exames apontaram também outras deficiências.
Ao receber tais notícias eu fiquei um pouco sem reação, porque a cada dia eu percebo que definitivamente eu preciso aprender a me cuidar de verdade. Não existe outra saída, existem prioridades e estas devem ser priorizadas. Eu percebo que sou um pouco negligente comigo mesma. Como nasci de novo um período de quase uma ano já se passou, assim como um bebê aprende a dar  os primeiros passos eu preciso dar os meus, é um aprendizado e assim rumo ao progresso.  
Foi bom ter ficado assustada porque como eu gosto de boas notícias, quando recebo as más logo deixo no mar do esquecimento, mas acontece que elas não devem ser esquecidas e sim tratadas! :) Mas no meio disso vem outra ótima notícia, aí me sinto super amada novamente. O médico que me atende agora é muito atencioso, e explica tudo nos mínimos detalhes (é difícil até de acompanha-lo, acho que a próxima consulta vou gravar a conversa para ser lembrada..rs), e agora faremos  tratamento necessário. Como ele mesmo disse “Renata, se você não tratar direito disso daqui dois anos você será caco.” Dado o diagnóstico é bola pra frente, todos os dias ao acordar agradecer a Deus pela nova chance e tomar os comprimidos nosso de cada dia.

Eu poderia ter resumido a história, mas é importante dizer mesmo sem dar todos os detalhes, porque desta forma eu me lembro de como Deus tem sido bondoso para comigo, se mostrando a cada dia tão presente. De como ele tem sido cuidadoso levantando pessoas para me abençoar de formas diferentes. Eu nem sei como agradecer.

Confesso estar um pouco assustada ainda, mas muito, muito confortada.  Tenho tantas coisas para aprender, sou tão ingrata ás vezes, falho muito! Mas estou disposta a aprender, e acho que tenho aprendido. Tudo o que acontece na nossa vida tem propósito, e estou disposta a cumpri-lo. Nada nos é dado além do que podemos suportar,  e o fardo não é tão pesado assim, se olharmos com bons olhos e olharmos para o alvo dará tudo certo.  Não estou falando de viver uma vida passiva, mas de viver, lutar, batalhar, buscar recursos e cumprir. Isso é viver. 

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